Infraestrutura precária dificulta estrutura logística brasileira

O recente aumento do preço do combustível foi apenas o estopim para um problema estrutural que já se arrasta há anos e atrasa a estrutura logística do país. Do alimento que chega à mesa do brasileiro até a commodity exportada ou usada como ração para produção local de carnes, mais de 60% da mercadoria que transita no Brasil passa por 1,2 milhão de quilômetros de rodovias. No entanto, com apenas 200 mil quilômetros de estradas pavimentadas, a infraestrutura se torna em um dos maiores vilões do custo do transporte de carga do país.

De acordo com relatório publicado pela Agência Nacional de Transporte de Carga (ANTC), os últimos reajustes, principalmente o do diesel, provocaram uma defasagem de 14,11% do custo do frete de carga. Para Ramon Alcaraz, diretor de uma transportadora com mais de 850 veículos e conselheiro da Associação Brasileira de Logística (Abralog), além dos problemas tributários, transportadoras e caminhoneiros autônomos deveriam focar na produtividade, tradicionalmente baixa no país:

Há questões que o governo não tem como resolver do dia pra noite, então é preciso procurar soluções, e uma delas está na eficiência. Um caminhão no Brasil chega a ficar parado até três dias para ser carregado.

Alcaraz destaca também que, apesar do baixo investimento em outros modais de transporte de carga, as rodovias não podem ser descartadas.

O caminhão é o único meio de transporte que pode chegar até a porta do consumidor final, mas isso não significa que o governo não deve investir em ferrovias e portos. O problema é que no Brasil só se investe 0,5% do PIB em infraestrutura de transporte por ano, um valor 48 vezes menor do que na China – diz Alcaraz.

Apesar de reclamarem do alto custo, grandes transportadoras não encabeçam os protestos. Caminhoneiros autônomos são as principais personagens dessa história, e o motivo é bem simples: eles são os mais prejudicados.

O custo médio do caminhão para um autônomo representa 90% do frete, e esse número é 75% para uma transportadora – diz Carlos Augusto Silveira, professor de Logística da Univali e especialista em engenharia econômica.

Fonte: Diário Catarinense/Hyury Potter e Darci Debona

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