Fonte Ministério da Economia.
Ministro da Economia falou em Washington sobre “O Futuro Econômico do Brasil em Tempos de Mudança”, nesta terça-feira (19/4).
O ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre o tema “O futuro econômico do Brasil em tempos de mudança” em debate promovido, nesta terça-feira (19/4), pelo Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês), em Washington, nos Estados Unidos. Guedes destacou, entre outros pontos, a eficácia das ações brasileiras no combate à pandemia da Covid-19; a agenda de reformas estruturais; as oportunidades de negócios que o país oferece para investidores do mundo inteiro; e o processo de acessão do Brasil à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O diálogo foi conduzido pelo vice-presidente sênior do CSIS, Daniel F. Runde.
Sobre as ações contra os impactos provocados pelo novo coronavírus, Guedes ressaltou que 68 milhões de brasileiros tiveram seus dados digitalizados durante a pandemia e receberam transferência de renda – mecanismo que garantiu rápido apoio à parcela da população mais desassistida. Lembrou, ainda, que durante a fase mais crítica, 11 milhões de empregos formais foram preservados por meio do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. Guedes afirmou que em 2020, a retração do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi de 3,9%, bem mais suave que a queda observada em diversos países avançados, o que comprovou a eficácia das medidas adotadas pelo governo para proteger o Brasil dos impactos da Covid-19.
Guedes apontou os avanços que o país vem obtendo no processo de acessão à OCDE, além de conquistas em outras agendas internacionais, como a do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia.
O ministro da Economia enfatizou que o Brasil tem papel essencial diante do desafio global provocado pela ruptura de cadeias produtivas desde a deflagração da pandemia da Covid-19 ao ser um player-chave em segurança alimentar e energética no mundo. “O Brasil está bem posicionado para enfrentar a crise”, salientou.
Paulo Guedes também lembrou que o atual governo deixou para trás o modelo dirigista da economia e está transformando o Brasil em uma grande economia de mercado, impulsionada pelos investimentos privados. As oportunidades de negócios no Brasil envolvem inúmeros setores, explicou o ministro, abrangendo segmentos como gás natural, petróleo, saneamento, telecomunicações, eletricidade e navegação de cabotagem, entre outros.
O CSIS é reconhecido como um dos principais think tanks – organizações de pesquisa sobre ideias práticas para enfrentar os maiores desafios da atualidade, nos temas políticos, econômicos ou científicos – do mundo. Segundo o centro, o Brasil – além de ser a maior economia da América do Sul e desempenhar papel vital no futuro econômico da região – tem forte influência em setores como tecnologia, energia, indústria e agricultura.
Agenda
O ministro da Economia participou hoje também de diálogo com representantes empresariais norte-americanos que têm interesse comercial e de investimentos no Brasil. O encontro foi realizado na sede do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (Cebeu), em Washington, capital americana. Na ocasião, apresentou dados atualizados sobre o processo de recuperação e falou sobre a agenda de reformas estruturais no Brasil.
Paulo Guedes também esteve reunido nesta terça-feira com a ministra de Finanças da Indonésia, Sri Mulyani. A Indonésia preside o G20 – que reúne as maiores economias do mundo – em 2022 e está responsável pela coordenação da reunião de Ministros de Finanças do grupo, prevista para esta quarta-feira (20/4). O Brasil negocia acordos de livre comércio com a Indonésia e o Vietnã que podem ter impacto de R$ 25,7 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro até 2040, apontam estudos da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.
Os ministros Paulo Guedes e Sri Mulyani trataram dos principais temas para a agenda da reunião desta quarta-feira do G20 e reafirmaram a importância de manter estreita a coordenação. Na quinta-feira (21/4) será realizada a Reunião de Primavera do FMI e Banco Mundial.
