Fonte Receita Federal
Houve acréscimo real (IPCA) de 5,27% em relação ao mesmo período de 2021, no melhor desempenho desde 1995, tanto para o mês quanto para o bimestre.
A arrecadação total das Receitas Federais atingiu, em fevereiro de 2022, o valor de R$ 148,644 bilhões, registrando acréscimo real de 5,27% em relação a fevereiro de 2021 (considerando valores corrigidos pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo — IPCA). No acumulado de janeiro a fevereiro de 2022, a arrecadação federal alcançou R$ 383,986 bilhões, representando um acréscimo real de 12,92%. É melhor desempenho arrecadatório desde 1995, tanto para o mês de fevereiro quanto para o bimestre. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (28/3) em entrevista coletiva promovida pela Secretaria Especial da Receita Federal (SRF) do Ministério da Economia.
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Considerando somente as Receitas Administradas pela RFB, o valor arrecadado em fevereiro de 2022 foi de R$ 142,594 bilhões, representando um acréscimo real (IPCA) de 3,45%. No acumulado de janeiro a fevereiro de 2022, a arrecadação das Receitas Administradas pela RFB alcançou R$ 359,638 bilhões, registrando alta real de 9,85%.
O acréscimo observado no bimestre pode ser explicado, principalmente, pelos recolhimentos do ajuste de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), aponta a Receita. Sem considerar esses pagamentos, haveria um crescimento real de 8,35% na arrecadação do período.
Considerando apenas fevereiro de 2022, foram três destaques. O Imposto sobre Operação Financeiras (IOF) arrecadou, no mês, R$ 4,539 bilhões, com crescimento de 26,28% (IPCA), em desempenho impulsionado pelo crescimento das operações de crédito. O IRRF-Rendimentos de Capital apresentou, em fevereiro de 2022, arrecadação de R$ 5,014 bilhões, resultando crescimento real de 57,77% em relação a fevereiro de 2021. A arrecadação da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e do Programa de Integração Social (PIS), em conjunto, foi de R$ 32,002 bilhões, ou seja, crescimento corrigido pelo IPCA de 6,68%.
Também foram apresentados os principais fatores macroeconômicos que influenciaram no resultado da arrecadação de fevereiro. A produção industrial registrou retração de 7,2% em relação a fevereiro de 2021 e a venda de bens teve queda de 1,5%, na mesma comparação (que utiliza dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística — IBGE). Já as vendas de serviços cresceram 9,5%; o valor em dólar das importações subiu 30,48% e o valor das notas fiscais eletrônicas aumentou 13,6% (em valores corrigidos pelo IPCA).
Participaram da entrevista de divulgação dos resultados da arrecadação federal em fevereiro de 2022 o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias; o coordenador-geral de Previsão e Análise da Receita Federal, Marcelo Gomide; e o coordenador-geral de Modelos e Projeções Econômico-Fiscais da Secretaria de Política Econômica (SPE), Sérgio Gadelha.