Fonte Ministério da Economia
Valor representa acréscimo (IPCA) de 18,30% em relação ao mesmo período de 2021.
A arrecadação total das Receitas Federais atingiu, em janeiro de 2022, o valor de R$ 235,321 bilhões, registrando acréscimo real (IPCA) de 18,30% em relação a janeiro de 2021. “Alcançamos a maior arrecadação de toda a série histórica para o mês”, destacou o secretário especial da Receita Federal, Júlio César Vieira Gomes. Os dados da arrecadação federal de janeiro de 2022 foram divulgados nesta quarta-feira (23/2), em entrevista coletiva virtual.
Quanto às Receitas Administradas pela RFB, o valor arrecadado, em janeiro de 2022, foi de R$ 217,421 bilhões, representando um acréscimo real (IPCA) de 14,66%. Trata-se do melhor desempenho arrecadatório para o mês de janeiro desde 1995.
Acesse o relatório com a Análise da Arrecadação das Receitas Federais de dezembro de 2021
O acréscimo observado no mês de janeiro pode ser explicado, principalmente, por pagamentos atípicos de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), pelo diferimento das quotas do IRPF que seriam pagas em 2021 e pelo comportamento das compensações efetuadas.
“Também tivemos um crescimento de 116%, em janeiro de 2022, da arrecadação com Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, representando uma diferença de R$ 12,6 bilhões em valores reais, também, portanto descontada a inflação do período”, ressaltou o secretário especial (considerando comparação entre janeiro de 2022 e igual período do ano passado. Ele também lembrou que houve comportamento positivo dos principais indicadores macroeconômicos que afetam a arrecadação.
O recolhimento do IRPJ e da CSLL foi o principal responsável pelo resultado extraordinário em janeiro, reforçou o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias. Ele explicou que as empresas que estão no regime de Lucro Real, sob estimativa, têm até o mês de março para efetuar um ajuste no recolhimento, ou seja, para recolher eventual diferença (a mais) em relação às estimativas de lucro apurado em 2021. “Esses dois tributos refletem o desempenho das empresas”, apontou.
“O grande destaque foi o recolhimento do ajuste pago em janeiro de 2022”, enfatizou o coordenador-geral de Previsão e Análise da Receita, Marcelo Gomide. Ele lembrou que esse ajuste é recolhido de janeiro a março, ou seja, o resultado deste primeiro mês do ano representa apenas uma parcela desse acerto (os resultados completos, portanto, serão conhecidos somente após encerrado o primeiro trimestre).
Fatores
O secretário especial da Receita explicou que o resultado de janeiro foi impulsionado por um conjunto de elementos que formaram um quadro favorável para a arrecadação. Além da alta no recolhimento do IRPJ e da CSLL e do comportamento positivo dos principais indicadores macroeconômicos, Júlio César Gomes destacou o trabalho desempenhado pela equipe da Receita Federal. Ele lembrou que o conjunto de fatores que levaram ao recorde “somente se revertem em receitas públicas por termos uma administração tributária formada por um corpo de técnicos de excelência, capaz de atuar com diligência e prontidão”.
“Ao longo do tempo, o resultado da arrecadação reflete o constante aperfeiçoamento da administração tributária e confirma a percepção da sociedade que a Receita Federal do Brasil é órgão permanente e essencial para suprir o Estado com os recursos orçamentários, a fim de suprir todas as necessidades da nossa população”, completou.
Entrevista
A entrevista coletiva para a divulgação dos resultados da arrecadação das receitas federais em janeiro de 2002 com as participações do secretário especial da Receita Federal, Júlio César Vieira Gomes; do chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias; do coordenador-geral de Previsão e Análise da Receita, Marcelo Gomide; e do coordenador-geral de Modelos e Projeções Econômico-Fiscais da Secretaria de Política Econômica (SPE), Sérgio Gadelha.