Fonte Ministério da Economia
Nota informativa da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia divulgado nesta quinta-feira reúne dados da PNAD e do Novo Caged.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) do Ministério do Trabalho e Previdência referentes a maio de 2022 confirmam a contínua melhora do mercado de trabalho brasileiro desde 2021. Esse é o principal destaque da Nota Informativa Resultados de maio mostram continuidade da melhora do mercado de trabalho no país, divulgada nesta quinta-feira (30/6) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia.
O estudo registra que a melhora do indicador do desemprego – cuja taxa atingiu 9,8% no trimestre móvel terminado em maio de 2022 – é resultado da forte recuperação do emprego e do retorno dos brasileiros ao mercado de trabalho. Considerando a taxa com ajuste sazonal, o desemprego atingiu 9,5% em maio de 2022, o menor valor desde outubro de 2015.
Desde agosto de 2020 – momento mais crítico da crise causada pela pandemia da Covid-19 – foram criados mais de 14,9 milhões de postos de trabalho. Desde o início de 2020, o aumento médio mensal foi de 880 mil empregos. A população ocupada atingiu 98,5 milhões pessoas, considerando a série com ajuste sazonal, um acréscimo de 3 milhões no mercado de trabalho em comparação ao cenário pré-pandemia. O nível da população ocupada em maio de 2022 é o maior da série histórica.
Emprego formal e empresas
A robustez e a qualidade da melhora do mercado de trabalho são confirmadas pelos dados referentes especificamente ao mercado formal. Conforme o Novo Caged, em 2022 foram criados 1,05 milhão de postos formais de trabalho, o que levou o estoque total desses empregos para 41,7 milhões. Já no acumulado em 12 meses terminado em maio de 2022, o mercado formal acumula saldo de 2,7 milhões de empregos. Maio foi o 13º mês em que a criação de vagas acumuladas em 12 meses foi superior a 2 milhões de trabalhadores.
Desde o início de 2022 foram criados, em média, 190 mil vagas com carteira assinada, considerando o ajuste sazonal. A nota da SPE pontua que essa recuperação do mercado de trabalho está ocorrendo, majoritariamente, pelo aumento da formalização, de acordo com as informações da PNAD corroboradas pelo Novo Caged.
No que diz respeito às empresas, o comportamento é similar ao observado no mercado de trabalho, segundo o estudo da SPE, que informa que os dados da Serasa mostram um aumento no número de empresas abertas no país. A quantidade de novas empresas passou de 1,5 milhão, em 2010, para 4 milhões, em 2022 (no acumulado dos últimos 12 meses até março de 2022). Do total de 4 milhões de novas empresas, cerca de 3 milhões são de Microempreendedor Individual (MEI).
Esse aumento observado entre 2010 e 2022 equivale a um crescimento de 8,4% ao ano na quantidade de novas empresas. A alta vem ocorrendo em todas as regiões do país, com crescimento médio, entre 2010 e 2022, em torno de 7% ao ano nas regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste, e em torno de 9% ao ano no Sul e no Sudeste. O crescimento da abertura de novas empresas também tem sido disseminado entre os setores da economia, com destaque para Serviços, Indústria e o Comércio.