Fonte Ministério da Economia
Redução foi de R$ 29,4 bilhões em relação ao mês anterior, agosto, uma variação de 0,51%.
O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) totalizou R$ 5,75 trilhões em setembro, uma redução de R$ 29,4 bilhões (0,51%) em relação a agosto. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve seu estoque reduzido em 0,72%, passando de R$ 5,53 trilhões para R$ 5,49 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) registrou aumento de 4,32% sobre o estoque apurado em agosto e encerrou setembro em R$ 256,47 bilhões (US$ 47,44 bilhões). As informações constam do Relatório Mensal da Dívida referente a setembro produzido pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e divulgado nesta quarta-feira (26/10) em entrevista coletiva.
O documento destaca que a persistência inflacionária levou o FED (Banco Central norte-americano) e outros BCs a realizarem apertos monetários adicionais, elevando a probabilidade de uma recessão global. O ajuste nas taxas de juros de países centrais penalizou economias emergentes, com forte aversão a risco. “Em relação ao mercado doméstico, a curva de juros locais perdeu nível e inclinação em setembro, refletindo a expectativa do mercado de encerramento do ciclo de aperto monetário no Brasil”, comentou o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Luis Felipe Vital.
Emissões e resgates
Em setembro, as emissões da DPF somaram R$ 110,06 bilhões e os resgates, R$ 186,44 bilhões. Na DPMFi foram emitidos R$ 48,28 bilhões de títulos prefixados, R$ 32,76 bilhões de flutuantes e 28,88 bilhões de índice de preços. O destaque dos resgates foi o vencimento de Letra Financeira do Tesouro (LFT): R$ 181,89 bilhões. O resgate líquido da DPF em setembro atingiu R$ 76,38 bilhões.
As Instituições Financeiras foram os principais detentores, com 29,4% de participação, seguidas por Fundos (24,2%) e Previdência (22,7%). O estoque de Não Residentes em setembro aumentou em R$ 16,6 bilhões. O estoque de Instituições Financeiras se reduziu em R$ 55,1 bilhões no mês.
Custo médio
O custo médio do estoque da DPF acumulado em 12 meses teve redução de 10,63%, em agosto, para 10,47% ao ano, em setembro. O custo médio do estoque da DPMFi acumulado em 12 meses apresentou queda para 10,80% em setembro. Por sua vez, o custo médio do estoque da DPFe acumulado em 12 meses diminuiu de 4,53%, em agosto, 3,17% ao ano, em setembro. O custo médio das emissões em oferta pública da DPMFi acumulado em 12 meses foi de 11,71% ao ano.
A reserva de liquidez (colchão) apresentou redução, em termos nominais, de 10,00%, passando de R$ 1,14 trilhão, em agosto, para R$ 1,03 trilhão, em setembro. Em relação a setembro de 2021, quando a reserva era de R$ 1,12 trilhão, ocorreu diminuição, em termos nominais, de 8,58%. Em setembro, o Índice de Liquidez corresponde a 9,55 meses.
Tesouro Direto
O Tesouro Direto contabilizou vendas R$ 3,20 bilhões e resgates de R$ 2,00 bilhões em setembro. A emissão líquida foi de R$ 1,19 bilhão. O título mais demandado foi o Tesouro Selic (64,70%). O estoque atingiu R$ 99,90 bilhões, um aumento de 1,70% em relação a agosto. Os títulos indexados à inflação representaram 52,20% do estoque.
As operações até R$ 5 mil responderam por 83,21% das compras do Tesouro Direto, que teve 495.350 novos investidores cadastrados em setembro, o que elevou o número total de investidores a 21,16 milhões. Isso representa um aumento de 61,53% nos últimos 12 meses. Setembro registrou um aumento de 20.567 investidores ativos no Tesouro Direto. O total de investidores ativos chegou 2,09 milhões no mês (variação de 25,30% nos últimos 12 meses).