Saldo comercial do 1º bimestre soma US$ 5,4 bilhões

Fonte Ministério do Desenvolvimento, Industria, Comércio e Serviços.

Superávit comercial é reflexo de exportações de US$ 43,6 bilhões, maior valor da série histórica para o período, e importações de US$ 38,1 bilhões.

As exportações brasileiras cresceram 0,7% no primeiro bimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado, somando US$ 43,6 bilhões. Trata-se do maior valor exportado para o período, considerando série histórica iniciada em 1989. A importação apresentou queda de 1,5%, alcançando US$ 38,1 bilhões, resultando em saldo comercial de R$ 5,4 bilhões no período (alta de 19,2% sobre igual período do ano passado). A corrente de comércio teve redução de 0,3%, atingindo US$ 81,7 bilhões nos dois primeiros meses do ano.

Os dados preliminares sobre os Resultados da Balança Comercial de Fevereiro foram divulgados nesta quarta-feira (1º/3) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Os dados foram apresentados em coletiva online pelo diretor de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão; e pelo coordenador-geral de Estatísticas, Saulo Castro, da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC.

Considerando apenas o mês de fevereiro, a exportação brasileira somou US$ 20,6 bilhões. Considerando o critério de médias diárias, fevereiro de 2023 (US$ 1,142 bilhão) registrou redução de 7,7% em relação a fevereiro de 2022 (US$ 1,238 bilhão). As importações tiveram queda de 0,9%, levando em conta as médias de fevereiro de 2023 (US$ 985 milhões) e de fevereiro de 2022 (US$ 994 milhões). A média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2,127 bilhões e o saldo, também por média diária, foi de US$ 158 milhões.

Herlon Brandão apontou que o comportamento do primeiro bimestre, com exportações praticamente estáveis e pequeno crescimento de valores médios, assim com leve queda das importações não representa, necessariamente, uma tendência para todo o ano. A projeção para o comportamento da balança comercial em 2023 será apresentada pela Secex no início de abril, quando serão divulgados os resultados da balança comercial de março.

O diretor pontuou que os resultados deste ano serão impactados pela base de comparação bastante alta em relação a 2022. Isso porque a deflagração da guerra na Ucrânia, no ano passado, provocou forte elevação dos preços das commodities (em especial, alimentos e combustíveis).

Exportações – fevereiro
Nas exportações, por setores, fevereiro registrou (pelo critério de média diária, em comparação a fevereiro de 2022) reduções de US$ 13 milhões (-5%) na Agropecuária e de US$ 123 milhões (-38,2%) na Indústria Extrativa. Na Indústria de transformação houve crescimento de US$ 37 milhões (5,7%).

A retração das exportações no mês foi influenciada, principalmente pela redução de, na Agropecuária, da comercialização de café não torrado (-44,3%, com recuo de US$ 19,3 milhões na média diária) e, na Indústria Extrativa, em óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-68%, com recuo de US$ 140,7 milhões na média diária). No caso da Indústria de Transformação, o destaque na alta das vendas no setor refere-se a celulose (+84,9%, com crescimento de US$ 19,5 milhões na média diária), aço semi-acabado (+41,1%, com crescimento de US$ 8,5 milhões) e carnes de aves (+20,2% com aumento de US$ 6,2 milhões ).

Sobre os destinos dos produtos brasileiros, houve retração nas exportações, principalmente, para a Ásia, sobretudo a China (-14,1% com queda de US$ 46,4 milhões na média diária). Também, foram observadas quedas nas remessas para a Europa (-13,2%) e para a América Central e Caribe (-17,9%). Para os Estados Unidos, houve ampliação nas vendas externas (+1,8%, com aumento de US$ 2,4 milhões na média diária) e Argentina (+34,6%, com alta de US$ 18,8 milhões na média diária).

Importações – fevereiro
Já as importações tiveram como destaque, nos setores (também na comparação com igual mês do ano anterior, pelo critério de média diária), altas de US$ 729 mil (3,5%) na Agropecuária e de US$ 17,9 milhões (2,1%) na Indústria de Transformação; mas queda de US$ 29,1 milhões (-29,1%) na Indústria Extrativa.

Esses resultados, cuja combinação levou à diminuição das importações, foram impulsionados, principalmente, pela retração nas vendas dos seguintes produtos: na Indústria Extrativa, de gás natural, liquefeito ou não (-88,0% com queda de US$ -48,79 milhões na média diária) e do carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado -32,9% com queda de US$ -7,44 milhões na média diária). Na Indústria de Transformação, o principal fator refere-se a adubos ou fertilizantes químicos – exceto fertilizantes brutos (-26,2% com queda de US$ -18,13 milhões na média diária) e de válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores -19,0%, com queda de US$ -8,75 milhões na média diária).

Por regiões, houve redução das importações em fevereiro (na comparação com igual mês de 2022), principalmente da Ásia (-13,5%, com destaque para a queda de 14% das compras provenientes da China) e da América do Norte (-13,5%), em movimento impulsionado pela diminuição 15% nas aquisições oriundas dos Estados Unidos. Por outro lado, houve aumento de 18,8% nas importações da Europa e de 25,8% das compras vindas da Argentina.

Fonte: https://www.gov.br/mdic/pt-br/assuntos/noticias/2023/marco-1/saldo-comercial-do-1o-bimestre-soma-us-5-4-bilhoes

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