Fonte Ministério da Economia
Os secretários Esteves Colnago e Caio Paes de Andrade, do Ministério da Economia, participaram da conversa, que teve como destaques tecnologia e sustentabilidade.
Os desafios da conjuntura econômica global e o posicionamento do Brasil para identificar as tendências e aproveitar oportunidades foram debatidos no primeiro dia do Brasil Investment Forum – BIF 2022, durante o painel mediado pelo secretário especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago. Participaram do debate, nesta terça-feira (14/6), o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia (ME), Caio Paes de Andrade; o presidente e CEO da Scania Latin America, Christopher Podgorski; o CEO da Marfrig Global Foods, Miguel Gularte; e o chairman da S4 Capital, sir Martin Sorrell. Neste ano, o BIF está sendo realizado pela primeira vez em formato híbrido, com participações presenciais e remotas, por meio das plataformas digitais.
“Esta é uma ótima oportunidade que temos de discutir os desafios que se apresentam para o nosso país e as oportunidades que se abrem em todas as crises”, disse Esteves Colnago. “O Brasil gastou quase 10% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 para poder atender a população. Gastamos quase R$ 900 bilhões. Todos imaginavam que o endividamento ia passar de 100%. Chegou a 88% e hoje está em 78%. Este ano imaginamos que vamos ter um déficit muito baixo em termos de governo federal. O Brasil está gerando emprego, está crescendo. Temos mais de R$ 1 trilhão de compromissos no PPI, o Programa de Parceria de Investimentos. É um país que se abre para o mundo e para os investimentos”, acrescentou.
O secretário Caio Paes de Andrade destacou os avanços do país na transformação digital. “O Brasil saiu de zero para 133 milhões de pessoas com login único na plataforma GOV.BR. A expectativa é de chegarmos a 155 milhões até o fim do ano. Isso nos deu a oportunidade de evoluir na identidade digital das pessoas. Hoje, no Brasil, nós já conseguimos, através de diversos documentos, ter uma ‘identidade das identidades’, que é o GOV.BR. Por meio da plataforma já é possível assinar documentos e, também, transferir carros entre pessoas físicas sem a necessidade de comparecimento em cartórios”, ressaltou Paes de Andrade. “Nossa responsabilidade é combater a burocracia, fazer a transformação digital do Estado e promover a melhoria estrutural da administração pública. Dessa forma, conseguimos atender melhor ao público e economizar aquilo que ele tem de mais precioso, que é o tempo”, concluiu.
Momento único
Sir Martin Sorrell, da empresa global de marketing e publicidade digital S4 Capital, afirma que existe hoje “uma oportunidade fenomenal no Brasil e na América Latina”, considerando o segmento de negócio em que sua companhia atua. Christopher Podgorski salientou – em relação ao setor de Transportes – os esforços e progressos relacionados à sustentabilidade. Ele pontuou as três frentes em que isso vem ocorrendo: a “engenharia pura”, para otimizar a eficiência energética; a digitalização, com ênfase na coleta de dados para melhorar fluxos, velocidades médias dos veículos e tempo de carregamento e descarregamento; e a combinação entre esses dois fatores, que rendeu ganhos de eficiência energética de 20% nos últimos 10 anos, com a consequente redução de emissões de carbono, mediante o uso de novas tecnologias.
No setor de Alimentos, de acordo com Miguel Gularte, da Marfrig, a sustentabilidade deixou de ser uma opção para ser “a única opção”. Ele relembrou que, para enfrentar os desafios da produção de alimentos nos tempos de pandemia, a empresa concluiu que o mais importante seria fazer ainda melhor o que já faziam. “Melhoramos a nossa logística”, exemplificou.