Fonte Ministério da Economia
Aumento foi de R$ 92,6 bilhões em relação a outubro, uma variação de 1,60%
O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) totalizou R$ 5,87 trilhões em novembro, um aumento de R$ 92,6 bilhões (1,60%) em relação a outubro, quando o montante foi de R$ 5,77 trilhões. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve seu estoque ampliado em 1,59%, passando de R$ 5,52 trilhões para R$ 5,61 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) registrou aumento de 1,89% sobre o estoque apurado em outubro e encerrou novembro em R$ 254,73 bilhões (US$ 48,12 bilhões). As informações constam do Relatório Mensal da Dívida referente a novembro produzido pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e divulgado nesta terça-feira (27/12) em entrevista coletiva realizada no Ministério da Economia.
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A ampliação do estoque da DPMFi se deveu à emissão líquida, no valor de R$ 39,81 bilhões, e à apropriação positiva de juros, de R$ 48,02 bilhões. A elevação do estoque da DPFe foi resultado de R$ 214,70 bilhões (US$ 40,56 bilhões) referentes à dívida mobiliária e R$ 40,03 bilhões (US$ 7,56 bilhões), à dívida contratual.
O documento destaca que novembro foi marcado pelo aumento de apetite por risco, com dados de inflação dos Estados Unidos abaixo do esperado e expectativas de retomada da economia chinesa, com reflexo nos CDS (Credit Default Swap) emergentes. O mês também teve a curva de juros em forte alta, sinalizando preocupações do mercado com o âmbito fiscal.
Emissões e resgates
Em novembro, as emissões da DPF somaram R$ 67,09 bilhões e os resgates, R$ 25,84 bilhões. Na DPMFi foram emitidos R$ 30,00 bilhões de títulos flutuantes, R$ 22,36 bilhões de índice de preços e 12,74 bilhões de prefixados. Nos resgates, o destaque foi o pagamento de cupom de NTN -B (Nota do Tesouro Nacional da série B), no montante de R$ 21,27 bilhões). A emissão líquida da DPF em novembro atingiu R$ 41,25 bilhões
As Instituições Financeiras foram os principais detentores, com 28,7% de participação, seguidas por Fundos (24,8%) e Previdência (22,5%). O estoque de Não-Residentes em novembro aumentou em R$ 18,7 bilhões. O estoque de Fundos aumentou em R$ 30,9 bilhões no mês.
Custo médio
O Custo médio do estoque da DPF acumulado em 12 meses teve aumento de 10,04%, em outubro, para 10,16% ao ano, em novembro. O custo médio do estoque da DPMFi acumulado em 12 meses apresentou aumento para 10,73% em novembro. O custo médio do estoque da DPFe acumulado em 12 meses, por sua vez, aumentou de -3,10%, em outubro, para -1,55% ao ano, em novembro. O custo médio das emissões em oferta pública da DPMFi acumulado em 12 meses foi de 11,93% ao ano.
A reserva de liquidez (colchão) apresentou crescimento, em termos nominais, de 11,00%, passando de R$ 1,02 trilhão, em outubro, para R$ 1,14 trilhão, em novembro. Em relação a novembro de 2021 (R$ 1,09 trilhão) houve aumento, em termos nominais, de 4,11%. O índice de liquidez corresponde a 9,30 meses em novembro. Está previsto para os próximos 12 meses o vencimento de R$ 1,40 trilhão da DPMFi. “É uma posição bastante confortável para o próximo ano”, comentou o coordenador de Operações da Dívida Pública da STN, Roberto Lobarinhas.
Tesouro Direto
O Tesouro Direto contabilizou vendas R$ 3,59 bilhões e resgates de R$ 2,79 bilhões em novembro. A emissão líquida foi de R$ 810 milhões. O título mais demandado foi o Tesouro Selic (51,32%). O estoque atingiu R$ 102,98 bilhões, um aumento de 1,73% em relação a outubro. Os títulos indexados à inflação representaram 51,56% do estoque.
As operações até R$ 5 mil responderam por 81,80% das compras do Tesouro Direto, que teve 448.136 novos investidores cadastrados em novembro, o que elevou o número total de investidores a 22,05 milhões. Isso representa um aumento de 43,01% nos últimos 12 meses. Novembro registrou um aumento de 7.257 investidores ativos no Tesouro Direto. O total de investidores ativos chegou 2,11 milhões no mês (variação de 21,56% nos últimos 12 meses).